27 de fevereiro de 2010

Quando será o fim do mundo?

 

Volta e meia nós ouvimos alguém gritar: O fim do mundo chegou! Na verdade, basta um cataclisma acontecer ou uma tragédia vir sobre parte da humanidade que muitos começam a advogar de que o mundo está prestes a acabar.

Foi assim com os Testemunhas de Jeová que anunciaram o fim do mundo para 1914; ou como os ”Borboletas Azuis“ de Campina Grande, na Paraíba que previram um dilúvio que marcaria o fim do mundo para 13 de maio de 1980; ou ainda como ocorreu no Japão onde um grupo responsável por um atentado no metrô de Tóquio previa o fim do planeta para 15 de abril de 1995.

A preocupação com fim o do mim é coisa antiga. No reveillon de 999 muitos europeus aguardavam o apocalipse. A crença no fim do mundo no ano 1000 vinha de uma interpretação literal de um dos textos bíblicos, o Apocalipse de João. Ali se lê que ‘depois de se consumirem mil anos, Satanás seria solto da prisão“ para ”seduzir as nações do mundo". Ora, bastou na época o surgimento de um eclipse, de um incêndio inexplicável, de pragas agrícolas, do nascimento de um bebê monstruoso, da passagem de um cometa no céu, do relato da aparição de uma baleia do tamanho de uma ilha na costa francesa, ad grande epidemia de 997, para que se interpretasse a proximidade do fim do mundo.

Há pouco a indústria cinemátográfica lançou no cenário mundial o filme 2012. A película baseia-se na crença Maia de que o mundo iria acabar em 2012. A teoria "maiana" revela que o fim da terra começa com o alinhamento planetário e uma inversão dos pólos da terra após um grande tsunami. Após isto o caos se instala e o planeta terra começa a se tornar inabitável.

Pois é, a Bíblia nos ensina a ficarmos de olho nos sinais que antecedem a volta de Cristo, no entanto, existe uma enorme diferença entre observar o que acontece em nosso planeta e determinar o fim de todas as coisas. Cristo nos chamou a pregar o Evangelho da Salvação Eterna e não nos tornarmos detetives miticulosos tentando descobrir o dia final do planeta.

Caro leitor, vamos combinar uma coisa? Tem gente que se transformou em caçadores dos códigos esquecidos ou escondidos na Bíblia que apontam o data do fim do mundo. Infelizmente já teve até gente marcando a data da volta de Cristo! Ora, pessoas que agem desta forma correm o sério risco de tornar-se participantes ou dissiminadores de heresias destruidores provenientes de seitas infernais.

Somente o Senhor Todo-poderoso sabe quando será o dia final. Cabe a nós, vivermos o Evangelho, multiplicarmos nossos talentos, pregarmos as Boas Novas da Salvação aguardando com santa expectativa a volta do Senhor.

Maranata!

Fonte: Renato Vargens    - http://gospelhomeblog.blogspot.com/

26 de fevereiro de 2010

Esse é o meu Deus!



Sabia que Deus gosta dos loucos? Não? Então veja se não tenho razão...

Alguma pessoa normal chegaria em frente ao mar e diria:
- ABRE-TE?!

Alguma pessoa normal olharia para cima e gritaria para o sol:
- PARE!?

Alguma pessoa normal diria prara um morto há três dias:
- LEVANTA-TE E ANDA!?
Alguma pessoa normal bateria com o cajado numa pedra para tirar água?

Alguma pessoa normal mandaria o mar e o vento ficarem quietos?

Alguma pessoa normal ficaria quietinha, dentro de uma sala com leões famintos?

Alguma pessoa normal ficaria rodando em volta de uma cidade 7 dias, cantando até as muralhas caírem?

Humm... Eu acho que não! Parece brincadeira mas se for assim, também sou louco!

Sabe o q é isso? FÉ!

Quando a gente tem FÉ, olha e vê o invisível! E nem se importa com o que os outros vão falar! Deus é que precisa ver!

Fonte: www.mensagemevangelica.com.br/mensagensbiblicas/06_meu_Deus.html
Exemplo de Vida - Andressa Duarte



Everything (Lifehouse) Dança



YAHWEH - Hillsong Worship 2009 (Faith + Hope + Love)



Hillsong Conference 2008 Stronger



Fireflight Brand new day



Zoegirl Dead Serious



hillsong-united Till I See You

Corte - Romance à maneira de Deus

   Oi, gente!  Só esclarecendo, o que escrevi não são meus pensamentos, mas basicamente palavras do Craig Hill (criador do Family Foundation e dos cursos Veredas Antigas, Romance à maneira de Deus (ex-corte, pois esse nome tem sido deturpado por várias pessoas) e outros. Porém como concordo com o que ele fala, fui expondo aqui o meu entendimento a respeito disso.

Bom, corte ou outro nome que queiram dar, nada mais é do que uma relação de parceria entre os pais e os filhos. A Bíblia não fala em namoro e este só passou a ser conhecido na mesma época que surgiram os primeiros automóveis, ou seja, é algo relativamente recente na sociedade ocidental. Antigamente os casamentos eram "arranjados", os noivos não namoravam antes. Não creio que na nossa cultura atual daria certo esses sistema de casamento arranjado, mas também o que vemos nos namoros é mais um preparação para o divórcio do que para o casamento, porque as pessoas se ligam as outras sem propósito algum, na maioria da vezes começam a namorar apenas para satisfazer o seu ego, enfim, se divertirem com as delícias do namoro. O problema é q cada vez q os corações se unem, quando não dá certo, e aquela fase de interesse passa, os corações vão ficando dilacerados, é como se fossem duas folhas de papel coladas, que quando se separam não saem mais inteiras... e no sistema de namoro é assim que funciona com os corações do homem e da mulher. Os princípios de Deus nos mostram que os pais devem ser os agentes protetores dos filhos, por isso a necessidade da parceria. O homem quando se interessar por uma mulher deveria primeiro procurar seu pai para mostrar suas verdadeiras intenções com a filha e assim já começar o relacionamento que visa o casamento debaixo da bênção dos pais. 
 
Deus já sabe com quem iremos casar, então enquanto somos solteiros, estamos reservados para aquele q       será nosso futuro(a) esposo(a), por isso não devemos sair por aí experimentando um e outro pra ver se é ele(a) porque iremos estar dando algo que não é nosso (corpo e coração) para alguém que não é devido. Nosso corpo e coração pertecem primeiramente a Deus e depois ao nosso cônjuge, logo seria um furto entregá-los a outra pessoa que não fosse o nosso cônjuge, por isso devemos esperar no Senhor pela pessoa certa e Ele e nossos pais (ou líderes espirituais) devem ser os nossos parceiros nesse momento.

Quando isso não acontece os homens e mulheres já entram no casamento com seus corações machucados e desfalcados e acabam exigindo muito um do outro, porque não estãos mais inteiros, já que não se guardaram um para o outro. Creio que Deus pode fazer com que esse coração dilacerado se restabeleça, mas não é algo fácil, indolor e rápido de acontecer, por isso é melhor evitar, certo? Outra questão sobre o namoro é q nele temos as prioridades invertidas: primeiro me interesso pelo físico(corpo), depois pelos sentimentos(alma) e só então pelo espírito. Só que nós somos um espírito que possuimos uma alma e habitamos num corpo, portanto o relacionamento entre um homem e uma mulher deveria seguir a ordem inversa... Não estou diendo que a parte física e das emoções não são importantes, claro que são, mas a ordem tem q ser a correta.

Bom, posso ampliar ainda mais o conceito de corte que é um relacionamento no qual desde quando vc ainda está no ventre da sua mãe, seus pais já o abençoam, já começam desde cedo a lhe ensinar os princípios da palavra de Deus e assim vc já cresce com esses ensinamentos arraigados em vc. É um relacionamento, primeiramente, com seus pais até chegar o momento de se encontrar com seu(sua) amado(a). É um relacionamento que ocorre em etapas, da infância para a adolescência, para a juventude com seus estudos, formação pessoal e profissional, independedência financeira, até o casamento.  
É importante seguir todos esses passos, infelizmente algumas pessoas não têm a oportunidade de terem pais cristãos ou até mesmo vivos, mas aqueles que são autoridade espiritual sobre sua vida sempre te ajudarão a tomar a decisão correta.

Quando finalmente vc encontra a pessoa certa, tem a bênção de Deus, de seus pais, dos pais dele(a), enfim, é só bênção.. rs.. vc então assume um compromisso com ele(a) de casamento. É diferente do namoro em que vc vai ver no que vai dar, mas é um relacionamento no qual vc já sabe o fim q é o casamento. Claro que nesse ínterim podemos nos enganar e não ser nada do que pensávamos, mas isso deve ser exceção e não regra.

Sobre a questão física, assumindo esse compromisso com o(a) amado(a), até a chegada do dia do casamento, vcs precisam vigiar, precisam estar em oração e vigilância para não cairem em tentação, então vcs precisam ser bem abertos um com o outro e naquilo que vcs virem que "o bicho tá pegando" fujam disso e vivam em santidade. Deus nos chamou para vivermos em santidade e justiça todos os dias da nossa vida e quando estamos em constante oração e vigilância não temos prazer algum em entristecer o Senhor fazendo algo que o entristece. O Espírito Santo habita em nós e Ele nos mostra até onde podemos ir, é só, verdadeiramente, dar ouvidos a Ele e não a nossa carne.


Deus os abençoe! 
 
 
Obs: vi numa comunidade do orkut, mto interessante e esclarecedor.

24 de fevereiro de 2010

Problemas? Deus é maior! :D

Problemas da vida não podem nos afastar do Senhor. Tem uma música que diz isso não é?

É mas não é tão fácil quanto parece na teoria. Afinal como Jesus mesmo disse, nós iríamos ter que enfrentar problemas, mas Ele estaria com a gente...

Só que as vezes esse problemas tomam uma proporção tão mas tão grande, que nós seres humanos que somos tão limitados, acabamos nos esquecendo da imensidão do poder do nosso Deus. Acabamos deixando o desespero tomar conta e perdendo a fé.

E quando isso acontece, é uma tragédia, porque ao perder a fé a gente se afasta do Senhor e abre brecha pro problema aumentar... Ai podemos achar que Deus se esqueceu da gente ou coisa parecida.

Mas isso não acontece. Deus já deu provas mais que suficientes que nos ama muito e que não se esquece da gente. Pelo contrário a gente que se esquece Dele...


Então quando aquele problemão vier, é só pensar em Deus, pensar em quão maravilhoso Ele é, e na grandiosidade de Seu poder! É só pedir pra Deus, que ele ajuda!

19 de fevereiro de 2010

Como Conquistar o Respeito

"Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão... na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza". I Tim. 4:12.

Muitos adultos acham difícil suportar o desprezo e o desdém de outros adultos, mas para um adolescente é duas vezes mais difícil suportar o desprezo e o desdém de seus companheiros da mesma idade.

Um dia, quando Leo Buscaglia estava saindo da escola, uma gangue de arruaceiros o cercou e começou a crivá-lo de apelidos por causa de sua ascendência italiana. Humilhado e aos prantos, rompeu o círculo de seus atormentadores e correu para casa. Lá, trancou-se no banheiro e chorou amargamente.

Seu pai o ouviu chorando e perguntou qual era o problema. Quando Leo contou o que havia acontecido, esperou que seu pai tomasse imediatas providências - ou que batesse nos desordeiros ou pelo menos reclamasse com os pais deles, exigindo que fossem castigados. Seu pai não fez nem uma coisa, nem outra. Em vez disso, começou a mencionar algumas coisas acerca dos italianos, das quais Leo podia orgulhar-se.

Mas isso não acalmou o garoto.

- Eu não gosto de ser diferente! - protestou ele. - Quero ser como todos os outros.

- Como todos os outros? Você quer dizer que gostaria de ser como aqueles garotos que o insultaram? - perguntou o pai, articulando bem as palavras.

- Não! - rosnou Leo em resposta.

- Então tenha orgulho daquilo que você é - aconselhou o pai. - Afinal de contas, todo o mundo é diferente de todas as demais pessoas.

Mas o conselho de Paulo ao jovem Timóteo foi além do conselho que o pai de Leo deu a seu filho. Sendo um modelo de cristão, podemos conquistar o respeito alheio.

Fonte: http://www.mensagemevangelica.com.br/mensagensbiblicas/04_conquistar_respeito.html

15 de fevereiro de 2010

Pense nisso...

Estamos numa época do calendário brasileiro onde, infelizmente, muitas coisas ruins acontecem, o carnaval. É a festa que o pecado acaba reinando na vida de muitas pessoas do nosso país.
Elas saem em festas, se relacionam com muitas pessoas, bebem... E além de todas essas coisas serem do desagrado de Deus, os resultados podem ser dos piores. Doenças, gravidez indesejada, muitas pessoas no hospital por exagero de bebidas e até uso de drogas...
O que parece tudo folia e alegria, na verdade é bem triste ;/

Triste porque, imaginem só quantas pessoas acham que estão se fazendo o bem, se entregando aos prazeres da carne, quando na verdade a verdadeira alegria só está em Deus!

Outra coisa ruim do carnaval, que até foi comentada hoje no culto na minha igreja (que me inspirou a escrever esse texto) é que muitas prefeituras de cidades dão dinheiro pras escolas de samba... Mas isso é totalmente injusto, afinal eles não perguntaram pra quem paga esses impostos se eles querem dar dinheiro pro carnaval! Eu ainda não pago imposto nem nada, mas prefiria que meu dinheiro fosse aplicado em hospitais, escolas e até na cultura do que pro carnaval!

Enfim, sabemos que essa é uma época perigosa e não podemos deixar de ficar junto de Deus e também temos que orar pelas pessoas que acabam se perdendo nessa festa...



Observação: Desculpa se esse texto ficou muito ruim, mas não podia deixar o assunto em branco!

10 de fevereiro de 2010

Náufrago

Um certo homem saiu em uma viagem de avião. Era um homem temente a Deus, e sabia que o Senhor o protegia. Durante a viagem, quando sobrevoavam o mar, um dos motores falhou e o piloto teve de fazer um pouso forçado no oceano. Quase todos morreram, mas o homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o conservasse em cima da água. Ficou boiando à deriva durante muito tempo até que chegou a uma ilha não habitada.

Ao chegar à praia, cansado, porém vivo, agradeceu ao Senhor por este livramento maravilhoso da morte. Ele conseguiu se alimentar de peixes e ervas. Conseguiu derrubar algumas árvores e com muito esforço construiu uma casinha para ele. Não era bem uma casa, mas um abrigo, com paus e folhas. Porém significava proteção. Ele ficou todo satisfeito e mais uma vez agradeceu ao Senhor, porque agora podia dormir sem medo dos animais selvagens que talvez pudessem existir na ilha.

Um dia, ele estava pescando e quando terminou, havia apanhado muitos peixes. Assim, com comida abundante, estava satisfeito com o resultado da pesca. Porém, ao voltar-se na direção de sua casa, qual não foi sua decepção,ao ver sua casa toda incendiada. Ele se sentou em uma pedra chorando e dizendo em prantos: -Senhor! Como é que foi deixar acontecer isto comigo? O Senhor sabe que eu preciso muito desta casa e o Senhor deixou queimar todinha. O Senhor não tem compaixão de mim? Eu sempre faço minhas orações diárias.E assim permaneceu o homem durante algumas horas, envolvido em sua revolta e dor.

Passado algum tempo, uma mão pousou no seu ombro e ele ouviu uma voz dizendo:
-Que bom encontrá-lo... você está bem? Ele se virou para ver quem estava falando com ele, e qual não foi sua surpresa quando viu em sua frente um marinheiro acompanhado de uma equipe: -Vamos rapaz, nós viemos te buscar...

-Mas como é possível? Como souberam que eu estava aqui? -Ora, amigo! Vimos os seus sinais de fumaça pedindo socorro. O capitão ordenou que o navio parasse e nos mandou vir lhe buscar naquele barco ali adiante. O grupo entrou no barco e o homem foi para o navio que o levaria em segurança de volta para os seus familiares tão queridos.

A propósito, como anda a sua fé?

http://www.mensagemevangelica.com.br/mensagensbiblicas/01_naufrago.html

A gente não pode NUNCA duvidar de Deus na nossa vida! ;)

9 de fevereiro de 2010

A mulher samaritana, Coca-Cola e Jesus

Às vezes, a gente ouve certas coisas que não aceita, mas não sabe bem o porquê. Só depois de algum tempo entende. Não foi por mera antipatia que aquela mensagem não desceu bem. Recordo-me quando ouvi pela primeira vez o paralelo entre Jesus e a Coca-Cola. O pregador, inflamado de zelo e paixão missionária, afirmava que numa viagem ao interior do Haiti, sob uma temperatura de mais de 40 graus, sentiu-se aliviado quando parou num quiosque miserável feito de palha de coqueiros e pôde comprar uma garrafa do mais famoso refrigerante do mundo. Devidamente refeito depois de beber sua Coca geladinha, perguntou ao dono da venda se já ouvira falar de Jesus. Ele não sabia de quem se tratava. E o nosso palestrante fez sua analogia, tentando dar um choque na complacência da igreja ocidental: “A Coca-Cola conseguiu alcançar o mundo inteiro em menos de um século e a igreja cristã ainda não cumpriu a ordem da Grande Comissão em mais de 20 séculos!”. Depois daquela primeira exortação, já devo ter escutado essa mesma comparação uma dúzia de vezes em diversas conferências missionárias. Verdade ou tolice? Pior. Estou certo que essas ilustrações não são meros simplismos, nascem de grandes erros teológicos (ou ideológicos?).
Coca-Cola é uma bebida inventada na Geórgia, Estados Unidos, com uma fórmula secreta. Sabe-se que sua receita original continha alguns ingredientes também encontrados na cocaína, daí o seu nome. Seus fabricantes nunca intencionaram outro propósito senão matar a sede das pessoas. A The Coca-Cola Company não convoca ninguém a rever valores do caráter, não confronta estruturas de morte, não se propõe a aliviar culpa, não revela a eternidade e nem Deus. Para chegar aos quiosques mais remotos do globo, bastou criar um produto doce e gaseificado. Investir bilhões em boas estratégias de propaganda, construir fábricas e desenvolver uma boa rede de distribuição para que o produto chegasse com a mesma qualidade nos pontos de venda. Tentar comparar a missão da igreja no anúncio do Reino de Deus às estratégias de mercado de um refrigerante, beira o absurdo. Confunde-se um bem material com uma pessoa e enxerga-se na mensagem um produto. Os missiólogos sucumbiram à lógica do mercado do novo milênio? Acreditam mesmo que cumpriremos nossa missão com os instrumentais corporativos? Tudo pode se tornar um produto?
No Brasil, o esforça-se muito para “vender” o Evangelho. Quase não se usa a mídia para proclamar os conteúdos do Evangelho. Alardeiam-se os benefícios da fé. Basta observar a enormidade de tempo gasto divulgando os horários dos cultos, a eficácia da oração, mostrando que aquela igreja é melhor e que a sua mensagem é a mais forte para resolver todos os problemas das pessoas. Aborda-se o Evangelho como um produto eficaz e adota-se uma mentalidade empresarial no seu anúncio. Prometem-se enormes possibilidades. Tratam as pessoas como clientes e sem constrangimento, anuncia-se que qualquer um pode adquirir esse determinado benefício com um esforço mínimo. As igrejas se transformam em balcões de serviços religiosos ou supermercados da fé. A tendência de oferecer cultos diferenciados e as intermináveis campanhas de milagres demonstram bem esse espírito. Como um supermercado com as gôndolas recheadas de produtos, as igrejas procuram incrementar os “serviços” ao gosto dos fregueses. Os pastores dividem os dias da semana com programações atrativas; gastam suas energias desenvolvendo estratégias que atraiam o maior número de pessoas. Sonham com auditórios lotados. Campanhas, correntes e demonstrações grotescas de exorcismos e milagres financeiros se sucedem. As pessoas, por sua vez, se achegam, seduzidos pelas promoções das prateleiras eclesiásticas.
Esse modelo induz as pessoas a adorarem a Deus por aquilo que ele dá e não por quem é. Não se anuncia o senhorio de Cristo, apenas os benefícios da fé. Os crentes acabam tratando a Bíblia como um amuleto e, supersticiosos, continuam presos ao medo. Vive-se uma religião de consumo.
Mas existe outra dimensão ainda mais sutil. Naomi Klein, jornalista canadense, publicou recentemente “Sem Logo” (Editora Record) para denunciar a tirania das marcas em um planeta obcecado pelo consumo. Ela defende a tese de que a grandes corporações do mercado global não vendem apenas os seus produtos, mas a marca. Procuram criar uma filosofia de vida embutida em seus produtos. Desejam induzir seus consumidores a acreditarem que podem viver um determinado estilo de vida, desde que comprem aquela marca específica. Assim os fumantes de Marlboro imaginam personificar o “cowboy” solitário, mesmo morando em um apartamento. Quando atletas amadores vestem as roupas ou calçam os tênis da Nike, acham que se transformam em campeões. Gente que vive presa no trânsito apinhado das grandes metrópoles, ao dirigir jipes com tração nas quatro rodas, sente-se desbravando sertões. Klein declara: “’Marcas, não produtos!’ tornou-se o grito de guerra de um renascimento do marketing liderado por uma nova estirpe de empresas que se viam como ‘agentes de significado’ em vez de fabricantes de produtos. Segundo o velho paradigma, tudo o que o marketing vendia era um produto. De acordo com o novo modelo, contudo, o produto sempre é secundário ao verdadeiro artigo. A marca e a sua venda adquirem um componente adicional que só pode ser descrito como espiritual”.
Infelizmente percebe-se o mesmo em determinados círculos cristãos. Querem fazer do Evangelho uma grife. Como? Primeiro transforma-se um seleto grupo de evangelistas, cantores e pastores em superestrelas ao estilo de Hollywood. Depois associam seu nome a grandes eventos e dão-lhes o holofote. Ensinam-lhes habilidades espirituais acima da média. Assim produzem-se ícones semelhantes aos do mundo do entretenimento. Eles aglutinam multidões, vendem qualquer coisa e criam novas modas. A indústria fonográfica enriquece, os congressos se enchem, e os novos astros do mundo “gospel” alavancam suas igrejas.
Jesus dialogou com uma mulher samaritana e ofereceu-lhe uma água viva. A mulher imaginou essa água com raciocínios concretos. Pensou que ao beber, nunca mais teria sede. Uma água dessas hoje, devidamente comercializada, seria um tesouro sem preço. “Dá-me dessa água e assim nunca mais terei que voltar aqui”.
Jesus corrigiu sua linha de pensamento. A água que ele oferecia não era mágica, mas um relacionamento: filhos e filhas adorando ao Criador em espírito em verdade. Infelizmente muitos evangélicos brasileiros propagandeiam água mágica. Pretensamente matando a sede de qualquer um no estalar dos dedos.
O evangelho não é produto ou grife, volto a repetir, mas uma alvissareira notícia. Não deveria se escravizar às regras do mercado. Ricardo Mariano em sua tese de doutoramento concluiu, para a vergonha de tantas igrejas neo-pentecostais: “As concessões mágicas feitas pelas igrejas pentecostais às massas desafortunadas, por certo, não constituem tão-somente meras concessões… observa-se que a oferta pentecostal de serviços mágicos segue cada vez mais uma dinâmica empresarial, ditada pela férrea lógica do mercado religioso, que pressiona os diferentes concorrentes religiosos a acirrarem seu ativismo e a tornarem mais eficazes suas ações e estratégias evangelísticas”.
Essa mercadoria religiosa caricaturada de evangelho não representa o leito principal da tradição apostólica. A indústria que encena essa coreografia carismática de muito barulho e pouca eficácia, não conta com o aval de Deus. Há de se voltar ao anúncio doloroso do arrependimento como primeira atitude para os candidatos ao Reino. Não se pode, em nome de templos lotados, omitir a mensagem da cruz. Precisa-se repetir sem medo a mensagem de Jesus: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Marcos 8.34).
Se não voltarmos aos fundamentos do Evangelho, teremos sempre clientes religiosos, nunca seguidores de Cristo. Faremos proselitismo sem evangelizar. Aumentaremos nossa arrecadação sem denunciar pecados. Construiremos instituições humanas sem encarnação do Reino de Deus. E pior, continuaremos confundimos Jesus com Coca-Cola. No Maranhão há um refrigerante de grande sucesso com a marca Jesus. Entretanto, não se pode desejar alcançar o sucesso transformando Jesus numa soda e as igrejas em quiosques religiosos.
Que Deus tenha piedade de nós.
Soli Deo Gloria.
Autor: Ricardo Gondim
Fonte: http://www.eventogospel.com.br/gospjoomla/index.php?option=com_content&task=view&id=512